segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sabe quando é madrugada e a chuva já parou, e a água assenta nas paredes deixando tudo úmido junto de um ventinho constante? Eu gosto de pensar nessas horas. De ver minhas idéias indo com o que restou da chuva, e as esperanças se chocando com a minha pele como o vento frio. Depois de cair no sono assim várias vezes, finalmente pude ver beleza na aurora de um novo dia. Pois a mesma trouxe de presente para mim algo que eu havia perdido há muito tempo sem me dar conta da maneira como ocorrera.
Trouxe-me de volta. E o sentimento de me sentir eu com toda a intensidade e diversão que isso pode ser é algo, digamos, libertador. Liberdade. É isso que estou tentando explicar. A liberdade de ser você e não mais depender de atitudes, palavras ou pensamentos alheios. É realmente muito corajoso deixar sua felicidade na dependência de outra pessoa. Mais corajoso ainda é tentar fazer dar certo ao máximo, é gritar com o mais alto tom de sua voz que você quer, que você tenta e ao perceber que os ouvidos alheios não são bons o suficiente pra entender seus refrões você realmente desiste. Com toda a verdade dessa palavra. E quando desiste você recupera tudo o que sem querer deixou passar. E assim. Desistindo, libertando e recuperando eu finalmente consigo ver a beleza desses raios de sol que consegue ultrapassar minha armadura. Que não ligam se eu tenho uma capa. E que me mostram que essa foi só a primeira vez. Já que a primeira me fez assim, uma pessoa tão melhor... Porque temer as outras?

Feliz. Feliz. Feliz demais.