quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pra mim sempre existe aquele momento durante os filmes de romance onde toca a música tema. Aí eu esqueço da história do casal principal e me pego pensando nas minhas. Em todos os meus quase romances e amores de uma noite. Guiei minha vida desta maneira. Sem nunca me prender a nada, ou a ninguém. Mas mesmo assim tenho memórias bonitas e sempre intensas. A verdade é que sempre dou o máximo de mim no tempo que reservo com as pessoas. Apesar disso ser muito vago. Um dia o cara tá ali, me dizendo coisas bonitas e crente que está me fazendo acreditar. E no outro está gastando suas palavras e bordões com outra. A vida tem se tornado muito vazia. Não que eu me importe com a maneira que eles levam a vida. Ultimamente tenho me importado como eu levo a minha. Quando cheguei à conclusão que estava no caminho errado um misto de pensamentos confusos três vezes piores e maiores que o usual habitaram meus pensamentos. E eu que já estava perdida, fiquei no escuro.
Descobri que o primeiro passo seria falar o que tantas vezes escondi. Meu medo sempre foi o de amar e não ser amada. Acontece que isso tinha que ser superado. E é assim que se faz. Tu chega lá, com a cara e a coragem e diz "Olha, eu to aqui, apesar de tudo, de todos. Eu tive muitos caras depois de você. Bons caras, mas eu nunca deixei de pensar em você. E aí, como fica?". A coragem aparece quando a gente menos espera. Eu só quis que você não fosse mais um cara no meu blog. Mas quando sua voz foi tomada pelo silêncio eu pude entender. Na vida cada um faz sua parte. Eu fiz a minha. Aí todas as confusões se perderam no ar. E enfim pude ter paz.

sábado, 14 de novembro de 2009


Foi uma situação incomparável, um título que veio da forma mais árdua para um torcedor. Foi batalhado, sofrido. Foi na raça, no anseio, na união de tática com vontade. Será difícil apagar da memória de um vascaíno o nome, ou a imagem de todos os presentes em campo na última sexta feira. Mas mesmo quando a memória teimar em falhar e os momentos não tiverem mais o sabor de recente, existem nomes, feições e vozes que são impossíveis de serem apagadas. Como não lembrar que Ramon foi de raça todos os jogos? Como esquecer o maestro, o rei da colina Carlos Alberto? Esquecer do Elton? Aquele que nos deu o que precisávamos para chegar até a final, mas por um desejo divino perdeu o pênalti que podia ser o primeiro passo rumo ao título? Ah, aquele cara que mesmo após perder, e quase ver o Maracanã e a massa vibrante se virar contra ele foi lá, pegou a bola e disse "Deixa comigo". Esse cara teve postura de guerreiro. Fazendo jus a postura do time, do técnico e dos companheiros. Quem jogou com Alex Teixeira sabe. O garoto não é humilde. É marra. Na história cruzmaltina parece que a marra vem fazendo os gols dos títulos, das viradas ao longo dos anos, não é mesmo? Pois então afirmo que esses e tantos outros nomes nunca serão esquecidos. Vai tá escrito nos anais do Vasco da Gama 'O time que caiu, voltou, cresceu, venceu, virou...' E agora é mais gigante que nunca.

domingo, 8 de novembro de 2009

Quando toca Leoni eu não consigo evitar. Qualquer música brega com tentativa de desculpas me faz recordar. Já está virando rotina eu escrever sobre isso. Logo eu que não gosto de me repetir. A maior parte do tempo nem noto. Não lembro de você ou da sua voz estranha. Juro que quase esqueci daquele efeito que o cabelo faz no seu rosto. Ou o quanto você é bonito. Só que existem os domingos. E as horas em que opto pela solidão. Ou estou no meio de muita gente. Mas me sinto sozinha. Aí toca Leoni. O casal do meu lado se rende. E eu vejo como as coisas simples podem dar certo. Basta não complicar. Pra te esquecer já inventei novas regras. Fiz planos. Inclui novas pessoas na minha vida. Te procurei em tantos outros corpos e fingi que todos eles eram de longe melhores que você. Só que ninguém por mais intenso, bonito, completo ou engraçado vai chegar ao seu nível de capacidade para me completar. Desconheço ser que me remoa mais por dentro. Que me irrite tão profundamente e também que me faça perder tanto tempo. Estou perdendo tempo da maneira errada. Mas mesmo assim prefiro passar o meu ano brigando com você, do que amando outra pessoa. Admito então que todas as minhas novas ou velhas regras são falhas. Em tudo que está relacionado a você eu falhei. Só que da mesma maneira que sempre ouve resistência do meu lado, agora tem do seu. Eu deixei passar, ver no que ia dar. Eu tentei. Talvez tenha sido por menos de um minuto, mas eu me entreguei a tudo que você podia me oferecer. Sabe o que eu acho disso? Foi coisa mais certa que eu já fiz em anos. Dezessete pra ser mais exata.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

São tempos difíceis para os sonhadores. Vejo que no decorrer do dia as pessoas jogam os meus defeitos sobre mim. Em doses homeopáticas. Como se assim não fosse doer. Como se eu não soubesse.
Sou fogo. Venho do atrito e quando menos se espera faço da minha vontade algo grande. Intenso. Sou intensidade. Não sei viver de calmaria, por mais que eu queira. Meu barco está sempre atrás de uma boa tempestade. Vivo nos desafios do dia-a-dia. Já encontrei onde repousar. É nessa palavra amiga que encontro meu sossego. Fora isso, vivo tanto os meus dias que eles parecem longos. Tantas coisas acontecem nas minhas 24 horas. Não uso frases prontas e fujo dos clichês.
Se pudesse dar um bom conselho a alguém, diria para se afastar de mim. De alguma maneira que não compreendo consigo fazer as pessoas gostarem de mim. Como um desafio. Sim, um desafio. O maior desafio que alguém pode ter: gostar de mim. Não sou fácil. Mas meu externo parece tão simples e descomplicado. Foi feito exatamente pra passar essa imagem clara e objetiva. Tão longe do que se passa por dentro. Sou heterogênea.
E ao mesmo tempo que sou tão decidida. Tão dona das minhas vontades e das minhas regras, alguma parte se manifesta. Porque sim, até eu tenho meu lado bom. De alguma forma, às escondidas, tenho um lado frágil. Que é tão intenso quanto o outro. Ou até mais. Estou quase ficando cansada de escrever isso. Meus textos tão cheios de desculpas. Meus suspiros. E minha vontade de esclarecer as coisas. Fato é que, tudo que vai volta. Fiquem felizes. Tudo o que eu fiz, tá voltando...

domingo, 1 de novembro de 2009

Existe tanta confusão na minha cabeça. Nesse exato momento nem eu consigo definir o que sinto. Sou fruto de uma explosão e ainda tento juntar os pedaços. Fazer sentido. Sou problemática, inconstante, falo demais, bebo demais. Eu sei. Mas sei também que meus defeitos se tornam menores quando posso contar com sua presença. Quando te conheci, meu maior temor era gostar um pouco de você. Porque tu é pedra, como eu. Só que minhas forças, por mais requisitadas que foram... Faltaram. Toda a experiencia que julguei ter foi inválida. Foi nada. Tentei fincar os pés no chão pra não te seguir. Marquei o caminho pra tentar voltar. O que eu não sabia é que, quando o destino trabalha por nós toda força é fraca. Constatei o fato e por mais difícil que seja tenho que admitir: você é a minha trilha alternativa. Onde o sol brilha intensamente e o dia é mais bonito. E o vento bate fresco no rosto, movimentando o cabelo. É onde dá vontade de ir andando devagar, pra aproveitar. Pra durar. Você é o meu refúgio. E não existe mais possibilidade desta que lhe escreve ser feliz sem você, seus olhos pequenos e suas manias pra me fazer sorrir nas madrugadas insones. Todos precisam se desconectar um pouco do mundo real. Desse mundo mal. Você é a minha ilusão. A melhor que eu poderia ter. Obrigada por me fazer gostar tanto de você que nem percebo mais o vazio que carrego no peito. Siga sempre comigo. O meu caminho é o seu.