terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Após semanas consecutivas vivendo no limite da confusão dediquei alguns minutos a uma conversa comigo mesma. Isso era algo comum para mim, mas vem se tornando cada vez mais raro. Como sempre, reafirmei para mim a verdadeira causa das minhas atitudes, cansei de fingir. Por um momento foi muito bom me enganar quanto aos meus sentimentos, fazendo-os parecerem reais quanto a certas pessoas. Mas não são, nunca foram. Nada que sinto passa da minha vontade de sentir principalmente por alguém que já não me pertence mais. Apesar de tal conclusão senti uma pontada em meu peito, um sorriso de canto surgiu e a pontada finalmente foi decodificada pelo meu cérebro. Mal decodificada, por sinal. De alguma forma senti como se nós sempre fossemos pertencer um ao outro. Assim como ele sempre estaria relacionado a mim nas mentes das pessoas, nas histórias, nos olhares que quando vêem um, buscam o outro... Eu sempre seria dele.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Apesar de eu sempre lutar para que as coisas e pessoas fossem igualmente interessantes, sempre falhei. Sigo procurando novos vícios e tentando enganar a mim mesma. Mas é difícil algo superar você. Não entendo como alguém pode ser tão... Indiscutível. Meus músculos parecem se contorcer só de lembrar do efeito que teu cabelo faz quando cai nos seus olhos castanhos. Posso sentir a velocidade com que o sangue passa pelas minhas veias quando lembro da perfeição do seu sorriso torto. Olhar você me fazia sentir fantástica. Mas às vezes eu podia também só te ouvir. Sempre foi fascinante pra mim aquela voz meio rouca, meio infantil, com alguma dificuldade na dicção. Principalmente quando você dizia lentamente a junção de palavras que eu mais adorava.
Depois de te ver eu fazia planos de coisas para falar, atitudes a tomar, piadas a fazer... Eu precisava planejar as coisas pra te dizer. Sempre me preocupei com isso. Afinal não tinha sentido, não tinha como você gostar de mim pelas minhas atitudes espontâneas. Era frustrante esquecer todos os meus planos quando eu estava com você, apesar de me esforçar para lembrar. Foram muitas as vezes em que perdi a linha do raciocínio ao te observar... É disso que eu preciso pra seguir... Saber que você foi real. Apesar de não aceitar que seja insuperável. Preciso da utópica crença de que alguém um dia vai me abraçar forte como você. Algum dia, algum abraço vai fazer com que todas as terminações do meu corpo pareçam fios elétricos novamente...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Era sobre todos os meus erros ridículos que eu pensava naquela tarde, naquele táxi, onde eu insisti em ser estúpida mais uma vez. Onde eu deixei você passar por mim sem tentar te parar. Eu nunca lutei por você, mas sempre te quis. Nunca requisitei minhas forças, pois acreditava que você iria voltar. Aquela coisa de destino. O que é meu vai ser meu e tal. Só que até o destino cansa.
Não pedi pra parar o carro porque acredito que as coisas precisam andar. E por mim, elas andariam pra frente. Reencontrei minhas forças e me tornei o que sempre quis ser: livre.
Hoje sou totalmente livre. Não devo satisfação a ninguém. Vou pra onde quero, com quem quero e quando quero. Porém descobri que não tem sentido voar pra longe se não tiver pra onde voltar. Estou aí, nas ruas, nas festas, segurando uma lata de cerveja quando o que eu queria era segurar a sua mão.
Não sei se você sabe, não sei se você notou, mas teve um dia que eu te olhei bem nos olhos. Me senti meio boba, mas foi impulsivo. É, eu me perdi nos seus olhos naquele momento. E eu que já me perdi tanto nessa vida tive a certeza que o único caminho torto que vale a pena é o seu.